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PEAR

O projeto PEAR, Princeton Engineering Anomalies Research (Pesquisa de Anomalias da Escola de Engenharia de Princeton), foi criação de Robert G. Jahn, que em 1979, quando era o reitor da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas na Universidade de Princeton, e afirmou querer "buscar um rigoroso estudo científico da interação da consciência humana com dispositivos, sistemas e processos físicos sensíveis, comuns às práticas de engenharia contemporâneas." Em resumo, ele queria mesmo ser um parapsicólogo e testar a psicocinese. De forma não exatamente inacreditável, ele encontrou vários outros em Princeton, que também estavam cansados do trabalho monótono nas áreas de humanas, ciências sociais, engenharia e física, e se juntaram à busca para provar que a mente sozinha pode alterar a matéria.

Jahn, seis de seus colegas e o PEAR, têm até uma patente (US5830064) de um "Aparelho e método para distinguir eventos que coletivamente excedem o esperado pelo acaso e através disso controlar um dispositivo ligado à saída". Esta patente é baseada em suas experiências nas quais operadores humanos tentavam usar suas mentes para influenciar diversos dispositivos mecânicos, ópticos, acústicos e de fluidos. Em resumo, o pessoal do PEAR está fazendo o que muitos motoristas fazem quando tentam usar o pensamento para fazer um sinal vermelho mudar para verde.

O PEAR afirma ter conseguido resultados que não podem ser devidos ao acaso e "somente podem ser atribuídos à influência dos operadores humanos" (grifo acrescentado). Esta é uma alegação extraordinária, especialmente quando vem de estudiosos desse nível em uma instituição distinta desse nível. Eu pensaria ser impossível descartar a possibilidade de todas as seguintes explicações, para que essas estatísiticas não pudessem se dever provavelmente ao acaso:

  1. fraude
  2. erros de calibração
  3. trapaça inconsciente
  4. erros de cálculo
  5. erros de software
  6. auto-ilusão
  7. acaso

Porém, há uma estatística que não parece ser uma anomalia: a PEAR Technologies Incorporated (PEAR) tem ações avaliadas em US$0,08 a cota (27 de abril de 2000). Se os membros do PEAR não ficarem ricos na Wall Street, ainda poderão reclamar o prêmio de um milhão de dólares de James Randi, por comprovarem um poder paranormal.

Veja verbetes relacionados sobre ciência alternativa, Código da Bíblia, a ilusão do agrupamento, predisposição para a confirmação, PES, o efeito Forer, lei dos números muito grandes, "efeito Marte", numerologia, estatísticas do oculto, início e fim opcionais, parapsicologia, falácia post hoc, visão remota e pensamento seletivo.


leitura adicional

©copyright 2000
Robert Todd Carroll

traduzido por
Ronaldo Cordeiro

Última atualização: 2001-06-24

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