
Robert
Todd Carroll

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Céptico
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A Amway é a maior organização de marketing
multi-nível (MLM) do mundo. É
uma empresa que fatura muitos bilhões de dólares por
ano com a venda de produtos tão diversos como sabonetes,
purificadores de água, vitaminas e cosméticos. Os
membros da Amway gostam de declarar que os produtos são
da melhor qualidade, que a empresa é muito grande (muitos
milhões de distribuidores e muitos bilhões de dólares
em vendas anuais) e que faz negócios com gigantes como a
Coca-Cola e a MCI.
Na Amway, uma pessoa é recrutada como distribuidor
"independente" de produtos da empresa ao
comprar da pessoa que a recruta, conhecida como seu "upline",
uns duzentos dólares em mercadorias. Todo distribuidor,
por sua vez, tenta recrutar mais distribuidores. A renda
é gerada através da venda de produtos pelo distribuidor,
além de "bônus" resultantes das vendas das
pessoas que ele recrutou, e seus respectivos recrutados.
Eis uma descrição de como a Amway funciona, nas
palavras de um distribuidor
Acontece assim:
Se eu comprar US$ 200 de produtos da Amway este
mês, ganharei um bônus de 3% (3% de US$ 200 são
US$ 6). Se eu dividir essa oportunidade com nove
outras pessoas e cada um de nós comprar US$ 200 em
produtos da Amway este mês, cada um será
responsável por US$ 200 e ganhará US$ 6, mas eu
serei responsável por US$ 2.000, o que me moveria
para o nível de 12%. Eu ganho US$ 240. Porém, eu
sou responsável pelo pagamento dos bônus das
pessoas que estão imediatamente abaixo de mim - US$
54 - logo fico com US$ 186. Eu ganho mais porque fiz
mais, encontrei nove pessoas que queriam comprar com
descontos e receber bônus por fazê-lo. Depois que
se alcança o nível de bônus de 25% existem outros
bônus que entram, mas estes são todos baseados no
volume do fluxo de produtos, ou em ter muitas pessoas
(Bob Queenan, correspondência pessoal).
Os defensores da Amway encaram
como ofensa descrever seu método de vendas e
recrutamento como semelhante a um esquema
de pirâmide ou corrente de cartas. É verdade que o
MLM, da forma que é praticado pela Amway, não é um
esquema ilegal de pirâmide. A Amway tem sido
levada aos tribunais sob essa acusação, mas estes têm
decidido que, como a empresa não cobra das pessoas pela
afiliação e nem pelo privilégio de recrutar outras,
não se trata de um esquema ilegal de pirâmide. As
pirâmides ilegais e as correntes de cartas não têm
nenhum produto. A Amway tem numerosos artigos
domésticos: de detergentes para lavanderia a vitaminas,
de cosméticos a filtros de água. A Amway é um esquema legalizado
de pirâmide.
a
pirâmide legalizada
Existem vários aspectos distintos dos esquemas de MLM
que tornam justo chamá-los de esquemas legalizados de
pirâmide. Um deles é o da cadeia ou linha de
distribuidores cuja renda depende, antes de tudo, não de
suas próprias vendas de mercadorias da Amway, mas das
vendas feitas por outras pessoas que são recrutadas por
eles. A prática real se torna bem complicada. Eis como
Bob Queenan, citado acima, a descreve:
Agora chegamos aos mecanismos reais. Enquanto o
meu volume de produtos é baixo, faz sentido combinar
o meu pedido com outros para reduzir a papelada que a
Amway tem que manusear. Assim, a meu jeito de fazer
pedidos à Amway é chamar o meu "upline"
e fazer o pedido. O "upline" combina meus
pedidos com outros e liga para a Amway diretamente.
Ela normalmente faria o envio direto para o
"upline", e todos nós teríamos que ir
até lá para receber os produtos. No meu caso, na
realidade, moro longe demais do "upline"
para que isso fosse praticável, por isso faço
pedidos através do "upline", mas recebo
remessas diretamente da Amway.
Se eu vendo para outros distribuidores? Não,
todos nós compramos diretamente da Amway.
Os outros distribuidores fazem seus pedidos
através de mim? Sim, eu combino os pedidos e os
envio à Amway.
Eu recebo dinheiro dos meus distribuidores?
Sim, pelos produtos que eles compram. Faço um cheque
combinado para a Amway.
Eu lucro se meus distribuidores comprarem mais?
Sim, --eles também-- mas sim, eu lucro.
O meu bônus sai do dinheiro deles? Ele sai do
pote de bônus, que é abastecido pelo dinheiro que
é economizado por não se pagarem intermediários.
Será que estou esquecendo alguma coisa? Será que os
distribuidores não se tornaram seus próprios
intermediários? Será que os distribuidores não estão
vendendo um para o outro? Será que a renda não é
gerada principalmente pelo recrutamento de novos membros
para a organização? Será que a Amway Corporation não
é quem mais ganha nesse esquema?
Um cliente da Amway não está simplesmente comprando
um detergente, mas é recrutado para tornar-se o pregador
de uma fé que tem um complicado esquema de
contabilidade. Por que não ir simplesmente até o
mercado local e comprar o sabonete? Porque o agente é
alguém que você conhece, ou que conhece alguém que
você conhece, que o convidou para um café para contar a
você de uma grande oportunidade. Há boas chances de que
você compre algo, ou por delicadeza ou por
verdadeiramente precisar de sabonete ou vitaminas, etc.
Talvez você mesmo se torne um agente. De qualquer forma,
o agente (distribuidor) que lhe vendeu o sabonete ou as
vitaminas ganhou dinheiro. Se você se tornar um agente
(distribuidor), parte de qualquer venda que fizer irá
para o seu recrutador. O novo recrutado é atraído para
o sistema, não primeiramente pela atratividade de vender
produtos Amway de porta em porta, mas pela
oportunidade de vender a própria Amway a outros
que, esperançosamente, farão o mesmo. Os produtos
parecem secundários ao processo de recrutamento. Ainda
assim, os distribuidores aprendem a falar sobre pouco
mais que os produtos e sua "qualidade". O que
justifica os esquemas de MLM é a alta qualidade de seus
produtos. O que seduz os recrutados, no entanto,
provavelmente é a atratividade de ganhar dinheiro com as
vendas dos outros, não com os produtos em si.
Será que
os números batem?
Segundo a Amway,
suas vendas anuais atingem cerca de US$ 7 bilhões, e
existem 3 milhões de distribuidores. Logo, a venda
média por distribuidor corresponde a cerca de US$ 2.333
por ano. Se 30% disso for lucro, o distribuidor médio
ganha US$ 700 por ano. Klebniov alega que os rendimentos
médios sejam de US$ 780, mas o distribuidor médio
compra ele próprio um valor de US$ 1.068 em mercadorias
Amway, e também tem despesas como contas de telefone,
gasolina, encontros de motivação, material
publicitário e outras despesas para expandir o negócio.
"O distribuidor ativo médio vende apenas 19% dos
seus produtos para consumidores não afiliados à
Amway," segundo Klebniov. "O restante é ou
consumido pessoalmente ou vendido a outros
distribuidores." Nos Estados Unidos, a Comissão
Federal de Comércio (FTC) exige que a Amway rotule seus
produtos com a mensagem de que 54% dos recrutados pela
Amway não ganha nada, e o restante ganha uma média de
US$ 65 por mês. Não se exige nenhum rótulo desse tipo
em outros países, mas os fatos são claros. A maioria
das pessoas que se envolvem com a Amway não vai ganhar
dinheiro.
Longe de aumentar seus rendimentos, a grande
maioria dos que se tornam distribuidores,
especialmente aqueles no 'sistema', provavelmente
acabarão perdendo dinheiro.
A maior parte da riqueza do pequeno número de
distribuidores do topo do ranking nos EUA não vem
apenas da venda dos produtos Amway, mas da venda de
material motivacional e da organização de
seminários e reuniões para as pessoas que estão
subordinadas a elas (Thompson).
A Amway tornou pouquíssimas pessoas ricas, enquanto
pagou a seus respectivos peões muito mais em
inspiração que em dinheiro (Thompson). Não há nada de
especialmente singular nisso na história dos negócios.
O que é diferente neste caso é a fé, a devoção e a
esperança que os peões possuem.
Será a
Amway uma seita?
Os críticos da Amway a têm comparado a uma seita
cujo principal produto é a própria Amway. Seus membros
lembram devotos religiosos em alguns aspectos. Eles
possuem grande fé em sua companhia, nos produtos dela e
na esperança de riqueza e aposentadoria precoce.
Participam de seminários e reuniões que lembram
encontros de evangélicos, onde o poder do pensamento
positivo substitui (ou acompanha) a fé em Jesus. Em
lugar de um desfile de almas curadas pela fé os fiéis
da Amway são doutrinados com testemunhos de
aposentadoria precoce, com dinheiro farto. Embora tenham
havido acusações de perseguição aos que abandonaram o
rebanho, em geral a devoção à Amway parece bastante
inofensiva. Ela não parece ser tão diferente de outras
grandes e zelosas empresas que pregam o pensamento
positivo sobre o negócio dos negócios em intermináveis
seminários de motivação e retiros, livros, fitas,
revistas, entre outras coisas (Klebniov).
Graham Baldwin, do Reino Unido, compara uma reunião
motivacional da Amway a um assembléia evangélica ou de
uma seita. O ex-capelão de universidade tenta ajudar
pessoas a se libertarem de seitas religiosas com um
programa chamado "Catalisador." Logo após um
de seus programas, recebeu uma ligação de um homem
que explicava como o grupo ao qual tinha se
juntado há um ano estava lentamente assumindo o
controle de sua vida. Haviam as grandes reuniões
mensais em locais como o Wembley Conference Centre,
onde ele e milhares de outros eram levados a um furor
apaixonado, e então instruídos a sair e encontrar o
máximo de novos recrutas possível; havia uma
doutrina poderosa que desdenhava da televisão,
jornais e outras influências 'negativas'; havia o
rigoroso regulamento de vestuário e conselhos sobre
como educar crianças e se relacionar com as pessoas
amadas; havia o medo de que desistir significaria
desistir da esperança de um futuro feliz.
Porém, assistindo ao programa de televisão
que mostrava Baldwin, o homem agora afirmou que
estava sendo submetido a técnicas de controle da mente
e manipulado pelos seus superiores. Ele queria
conselhos sobre como se libertar. Baldwin perguntou
em que seita o homem estava.
"Não é uma seita. Não é uma religião.
É uma coisa chamada Amway" (Thompson).
Para alguns críticos da Amway ela parece uma seita
religiosa, mas para outros ela parece apenas um conto do
vigário. Os pregadores da fé fazem sua mágica
constantemente chamando a sua atenção para a qualidade
de seus produtos, sua preocupação com a ética, a
prosperidade de sua empresa, as associações dela com a
Coca-Cola ou a MCI, para a alegação de que não têm
que pagar intermediários ou custos de publicidade, e
para os numerosos testemunhos dos fiéis que atravessaram
o vale da morte e chegaram ao cume da montanha com baldes
de ouro. Enquanto isso, você não nota que a riqueza e
as associações da empresa são secundárias no processo
de recrutamento de novos distribuidores daqueles
produtos. Você não percebe que a riqueza e as
associações da empresa são irrelevantes para as
promessas de prosperidade para os milhões de
distribuidores recrutados. Você não percebe que muitos
dos custos como os enviar correspondência, manusear,
preencher formulários, fazer publicidade, dirigir
veículos próprios para entregar ou coletar produtos,
são bancados pelos próprios distribuidores. Você não
percebe que, embora algumas pessoas levem uma vida
decente ou mais que decente exclusivamente através da
Amway, as chances de que todos ou a maioria dos
distribuidores consigam essa prosperidade são
absurdamente pequenas. Você não percebe que, embora os
líderes falem em ética, estão estimulando
ressentimentos e ganância. E, é claro, você nunca ouve
os testemunhos dos que se sentem tapeados pela Amway; os
dissidentes não têm permissão para dar seu testemunho
nas assembléias.
O conto do vigário fica ainda mais complicado porque
quando se argumenta que a maioria das pessoas que são
distribuidores da Amway perdem dinheiro (compram mais
produtos da Amway do que vendem) ou obtêm rendimentos
bem modestos, os pregadores da fé não respondem
honestamente e diretamente dizendo que é isso o que se
poderia esperar de um sistema como esse. Em lugar disso,
afirmam que ninguém disse que você ficaria rico
depressa na Amway, que ninguém prometeu muita
prosperidade com pouco trabalho. Os que falham o fazem
porque são fracassados. Não trabalharam duro o
bastante. Não dedicaram tempo suficiente ao trabalho de
distribuição e recrutamento. Falta motivação aos
fracassados!
os
dissidentes
Paul Klebniov escreve que
Ex-distribuidores e funcionários da Amway
dizem que, assim como em muitos movimentos baseados
em um culto à personalidade, a atitude da empresa em
relação a qualquer crítica à organização feita
por pessoas de dentro dela chega às raias da
paranóia. Edward Engel era o diretor financeiro da
Amway até 1979; renunciou ao cargo por um
desentendimento com DeVos e Van Andel [os patriarcas
da Amway] sobre como administrar as operações
canadenses. Isso aparentemente o estigmatizou como
traidor; afirma que ele e sua família receberam
ameaças por anos após a renúncia. "Era uma
organização Grande Irmão," diz Engel
atualmente. "Todos assumiam que os telefones
estavam grampeados e que a Amway sabia alguma coisa
sobre todo mundo."
Em 1983, a ex-secretária de Engel,
Dorothy Edgar, estava auxiliando os canadenses em
suas investigações da empresa. Foi molestada em
Chicago, após o que foi dito a ela para "ficar
longe da Amway." Engel, que a encontrou após o
incidente, diz acreditar na história. A Amway nunca
comentou o caso.
Houve uma publicidade péssima em 1982
quando um ex-distribuidor, Philip Kerns, desligou-se
para escrever uma devastadora revelação chamada
"Fake it Till You Make It [Finja
Até Conseguir]." Kerns
faz acusações de que a Amway teria usado detetives
particulares para seguí-lo e dar-lhe uma prensa. A
revelação de Kerns foi o ponto de partida para que
o "Phil Donahue Show" e "60
Minutes" fizessem programas nada elogiosos sobre
a empresa. O recrutamento da Amway despencou. Com
isso, as vendas mergulharam cerca de 30% no início
dos anos 1980.
Em 1984, outro ex-membro da organização,
Donald Gregory, diz ter começado um livro sobre a
Amway, mas a empresa conseguiu contra ele num
tribunal de Grand Rapids uma ordem judicial proibindo
a publicação " (Klebniov).
Assim mesmo, a grande maioria dos distribuidores Amway
são provavelmente pessoas decentes, que acreditam na
qualidade e no valor dos produtos da empresa, e que
estão nisso para tentar ganhar dinheiro de uma forma
legal e ética. Não são responsáveis pelo que os
fundadores ou os "uplines" fazem. Não
estão fazendo promessas mirabolantes a respeito de se
ganhar milhões de dólares em poucas horas de trabalho
por semana vendendo aos amigos. O distribuidor Amway
típico, sem dúvida, não é como James Vagyi.
A Amway
chega à Hungria
Agora que o capitalismo chegou a muitas nações
ex-comunistas da Europa, a Amway estendeu suas raízes em
constante multiplicação a países como Hungria e
Polônia. James Yagyi, recrutador chefe da Hungria, diz
aos aliciados em potencial que os rendimentos mínimos
são de cerca de US$ 9.000 por mês [700.000 forintes]. O
Sr. Yagyi diz a um grupo de potenciais associados,
"Se 10 milhões de pessoas foram convencidas durante
40 anos a construir o socialismo na Hungria, vocês podem
cada um encontrar seis pessoas para fazer isso." Se
essas seis encontrarem seis que encontrarem seis, você
ficará rico num piscar de olhos. O Sr. Yagyi exibe ao
seu público um vídeo que termina com uma mensagem do
co-fundador da Amway, Richard DeVos: "A ética e a
preocupação com as pessoas são os princípios básicos
do negócio da Amway." Talvez. Mas aparentemente
alguns distribuidores têm uma visão cínica da ética,
e as únicas pessoas com as quais eles parecem realmente
se preocupar são eles próprios. Além do mais, será
que isso não é verdadeiro para todos os ramos de
negócios? Não existem sempre umas poucas maçãs
estragadas que dão ao grupo inteiro uma má reputação?
O apelo
é para a ganância ou para a necessidade?
Não é muito provável que a maioria dos
distribuidores da Amway siga o exemplo de Vagyi. Nem que
sigam o exemplo de Michael Aspel, que usou um curioso
vídeo de recrutamento em Londres. O vídeo "mostra
casais que vivem em casas enormes e possuem carros de
luxo, falando sobre quanta liberdade e independência a
oportunidade da Amway lhes deu. A narração fala sobre
como a companhia é construída sobre a "ética e a
integridade" e como ela vem ajudando "milhares
a aumentar a qualidade de suas vidas" (Thompson).
Além do mais, não há dúvida de que a maioria das
reuniões da Amway não é como esta, descrita por Paul
Klebniov:
Num fim de semana neste verão, mais de 12.000
pessoas entusiasmadas se juntaram para uma reunião
em Richmond, no estado da Virgínia. Uns poucos eram
distribuidores de produtos da Amway Corp; o resto
pretendia ser. A reunião começou com uma oração e
uma saudação patriótica. No palco, Bill Britt, o
distribuidor mestre que organizou a reunião,
apresentou os outros altos distribuidores, que tinham
chegado em seus Cadillacs e Mercedes, ostentando
caros casacos de pele e jóias. A cada um desses
cidadãos modelo que eram apresentados, o público
delirava.
Histórias como a de Klebniov inevitavelmente levam à
pergunta, A Amway incentiva a fraude? A resposta
é Não. No entanto, uma das principais
críticas que se faz à Amway e outras organizações de
MLM é de que elas inevitavelmente incentivam pessoas
inescrupulosas a iludir pessoas crédulas, fazendo-as
pensar que com um pouco de trabalho duro podem ficar mais
ricas do que poderiam sonhar. Essas pessoas
inescrupulosas sim é que ficam ricas, não por vender
produtos Amway, mas por venderem seu conceito e
"material inspirador" como livros, fitas,
seminários, etc., direcionados a motivar pessoas a
pensar positivamente. Os críticos argumentam que, embora
seja possível ter uma vida decente vendendo produtos
Amway, pessoas realistas não devem esperar mais que uma
complementação aos seus rendimentos por vender as
mercadorias. O dinheiro de verdade está na venda de
material motivacional, ou seja, esperança.
Veja verbetes relacionados sobre marketing multi-nível, assédio MLM e esquemas de pirâmide.
leitura adicional
- Butterfield, Stephen. Amway, the Cult of Free
Enterprise [Amway, a Seita da Livre Iniciativa] (Boston:
South End Press, 1985).
Carter,
Ruth. Amway Motivational Organizations: Behind
the Smoke and Mirrors [Organizações
Motivacionais da Amway: Por Trás da Fumaça e
dos Espelhos] (Backstreet Publishing, 1999).
Conn, Charles Paul. The Possible Dream: a
Candid Look at Amway [O Sonho Possível: Um Exame
Justo da Amway] (New York: Putnam, 1985).
Klebniov, Paul. "The
Power of Positive Inspiration,"[O
Poder da Inspiração Positiva] Forbes,
December 9, 1991.
Fitzpatrick, Robert L. e Joyce Reynolds. False
Profits - Seeking Financial and Spiritual
Deliverance in Multi-Level Marketing and Pyramid
Schemes [Falsos Lucros (NT: trocadilho
com Falsos Profetas) - Buscando a Liberdade
Financeira e Espiritual no Marketing Multi-Nível
e em Esquemas de Pirâmide] (Charlotte, N.C.:
Herald Press, 1997). Veja minha crítica
deste livro.
Smith, Rodney K. Multilevel Marketing: a
Lawyer Looks at Amway, Shaklee, and Other Direct
Sales Organizations [Marketing Multi-Nível: Um
Advogado Examina a Amway, a Shaklee e Outras
Organizações de Venda Direta] (Grand
Rapids, Mich.: Baker Book House, 1984).
Thompson, Tony. "The
Hidden Persuaders," [Os Persuasores
Ocultos] Time Out, June 22-29, 1994.
A ZDNet tem um abrangente
artigo sobre a investida da Amway no negócio de e-tailing
[varejo eletrônico], que é conhecida como Quixtar. Todos os
agentes da Amway (que agora devem ser conhecidos como
IBOs: proprietários independentes de negócios) foram
convidados a abrir seu próprio mercado eletrônico,
vendendo não só os produtos da Amway como também de
outros fabricantes. A ênfase, como no caso da Amway,
será no marketing multi-nível,
ou seja, recrutamento de novos agentes Quixtar, que são
incentivados a recrutar agentes ad infinitum.
Eles receberão uma fração das vendas efetuadas pelos
que recrutarem, e das efetuadas pelos recrutados pelos
recrutados, teoricamente ad inifinitum.
Por que o 5o. e o 6o. homens mais ricos
do mundo, Rich DeVoss e Jay Van Andel, fundadores da
Amway, iriam querer se envolver em vendas pela Internet?
Por um motivo, existe muito dinheiro que pode ser ganho
com o comércio eletrônico: eles esperam de 1,5 a 2
bilhões de dólares em vendas no primeiro ano... mais
que a Amazon.com ou a E-Bay. Em segundo lugar, as
vendas da Amway despencaram recentemente (queda de
18.5% em 1998).
Por que não chamar a nova empresa de
E-Amway em lugar de Quixtar? Isso pode ter a ver como
rejeição ao nome.
Dará certo? Com certeza dará certo para
DeVoss e Van Andel. Eles terão milhões de agentes para
vender mercadorias, inclusive os produtos da Amway, a
partir do dia em que abrirem as portas em 1o. de setembro
de 1999. Diferentemente da Amazon.com, que teve que
passar algum tempo recrutando agentes para vender seus
produtos, a Quixtar poderá contar com agentes da Amway
para comercializar seus produtos agressivamente desde o
início. Quanto dinheiro os agentes da Quixtar poderão
ganhar? Talvez achem que se tornarão milionários em
nanossegundos, mas meu palpite é de que se sairão tão
bem quando se saíram como agentes da Amway.
leitura adicional
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